Dormir na medida certa pode afastar problemas como cansaço, falta de concentração, depressão e ansiedade. A Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, revisou 320 pesquisas para atualizar a recomendação de quantas horas de sono são necessárias diariamente para ficar com a saúde em dia, de acordo com cada faixa etária. Foram alteradas principalmente as indicações para bebês.
A pesquisa concluiu que recém-nascidos precisam dormir de 14 a 17 horas por dia; a orientação anterior era de 12 a 18 horas. Entre os bebês de quatro a onze meses, a necessidade passou a ser de 12 a 15 horas, ante o mínimo de 14 horas recomendado para essa faixa etária antes do estudo.
Conforme a idade aumenta, a necessidade de sono diminui. Crianças de um a cinco anos precisam de 10 a 14 horas de sono, segundo os pesquisadores. Dos seis aos treze, a recomendação cai para 9 a 11 horas. Já os adolescentes de catorze a dezessete anos devem dormir de 8 a 9 horas por noite para manter a saúde em dia.
A orientação não mudou para adultos de 18 a 64 anos: de 7 a 9 horas. Acima dessa idade, a quantidade diminui para 7 a 8 horas.
Com o sono em dia, a pessoa revigora seu organismo, melhorando as suas inúmeras funções vitais. A seguir, confira os principais benefícios que uma boa noite de sono oferece à sua saúde.
Previne a obesidade Durante o sono, nosso organismo sintetiza a leptina, o hormônio responsável por controlar a sensação de saciedade. Isso significa que quem dorme menos acaba sintetizando menos o hormônio. Resultado: com menos leptina no organismo, mais vontade de comer ao longo do dia a pessoa terá e maior quantidade de calorias irá ingerir. Além disso, quem sofre de insônia ou dorme pouco produz muita grelina (outro hormônio), que tem relação com a sensação de fome e a redução do gasto de energia.
Combate a hipertensão Quando se dorme na quantidade adequada e se chega ao sono profundo, os níveis de pressão arterial melhoram. Mas quando se tem dificuldade para dormir, o corpo fica num estado de constante alerta (similar a um estado de estresse), o que eleva a pressão sanguínea durante a noite. Caso essa alteração na pressão torne-se constante, há o risco de hipertensão.
Ajuda a memória Após uma noite de sono de qualidade, a pessoa que terá mais facilidade para reter informações do que aquela que dormiu pouco. A explicação para isso é simples: é durante o sono que se realiza a síntese de proteínas responsáveis pelas conexões neurais que ajudam a fortalecer e melhorar a memória e o aprendizado.
Evita a depressão Um estudo já revelou que pessoas que dormem entre 6 e 8 horas por dia têm mais chances de evitar a depressão. Isso porque essas pessoas têm mais qualidade de vida e, consequentemente níveis mais baixos de depressão do que aquelas que dormem menos de 6 horas e mais de 9 horas.
Desempenho físico Um sono de qualidade e sem interrupções ajuda o corpo a sintetizar o hormônio GH, cuja principal função é auxiliar o nosso crescimento. Trata-se de uma substância que é produzida pelo corpo somente depois de 30 minutos em que a pessoa dormiu. A produção do hormônio GH é importante para que o tônus muscular seja mantido, evitando que a gordura seja acumulada e tornando o desempenho físico melhor.
Controla o diabetes A dificuldade para dormir pode aumentar a resistência insulínica em pessoas com diabetes. Isso pode tornar mais complicado o controle da doença. De acordo com médicos, além de dificultar o controle do diabetes, dormir mal pode tornar mais fácil o aparecimento do diabetes tipo 2, pois é durante o sono que o corpo consegue estabilizar os índices glicêmicos.
Combate as doenças cardiovasculares Pesquisas já associaram o sono ruim ou a falta dele com a incidência de doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos. Segundo as pesquisas, quem dorme pouco apresenta um desequilíbrio na produção de substâncias químicas e hormônios no organismo, que aumenta as chances de se desenvolver problemas como doenças cardiovasculares, derrames cerebrais e colesterol alto. Portanto, durma entre 6 e 8 horas por noite e reduza o risco de desenvolver esses problemas de saúde.